Quatro meses após o Conselho de Segurança da ONU adotar uma resolução exigindo o livre acesso às pessoas que precisam de assistência na Síria, as agências humanitárias continuam enfrentando obstáculos para entregar a ajuda, ao mesmo tempo em que as necessidades continuam crescendo, afirmou, nesta quinta-feira (26), a subsecretária-geral para Assuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos.
Dirigindo-se aos membros do Conselho de Segurança, Amos lembrou que desde a aprovação da resolução, em fevereiro, mais de um milhão de sírios se somaram àqueles que já precisavam de apoio, elevando o número total para 10,8 milhões. Destes, 4,7 milhões de pessoas encontram-se em áreas de difícil acesso.
Apesar disso, o governo sírio continua criando dificuldades para o trabalho humanitário, impedindo que a ajuda chegue onde é mais necessária. “Não pode haver nenhuma justificativa para isto. Obstruir o acesso humanitário deliberadamente e privar civis de acesso a serviços essenciais para a sua sobrevivência, é ilegal e desumano”.
“Milhares de pessoas continuam morrendo. Na ausência de uma solução política para a crise, os trabalhadores humanitários continuam fazendo o que podem, mas reconhecemos que não podemos ajudar a todos sozinhos”, disse Amos.
Fonte: ONU