Rio Mavuba estreou-se no passado fim de semana no Mundial do Brasil, ao vestir a camisola da França contra as Honduras (3-0), mas nasceu… no mar.
A história do médio do Lille começa quando os pais, a mãe de origem angolana e o pai congolês, fugiam à guerra civil em Angola, de barco, em direção à Europa. Rio nasceu a 8 de março de 1984, em pleno oceano Atlântico.
O barco passou a costa de África e a Península Ibérica antes de chegar a Marselha [França], uns dias depois. Eu nasci na viagem e não tenho Estado. As pessoas riem quando veem no meu passaporte que diz que nasci no mar», refere o internacional de 30 anos, numa entrevista ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
Mavuba viveu como refugiado político em França até 2005, altura em que conseguiu a nacionalidade francesa.
E não teve vida fácil: a mãe morreu quando tinha dois anos e o pai passados outros dez. Foi então criado pela madrasta, juntamente com os seus… onze irmãos.
Começou no futebol nas camadas jovens do Girondins, de Bordéus, passou pelo Villarreal em 2007 e desde 2008 que se encontra no Lille.
A paixão pelo futebol puxou-a ao pai, Ricky Mavuba, internacional pelo Zaire (ex-República Democrática do Congo) no Mundial da Alemanha, em 1974.
Mas Rio não vive só para o futebol, tendo em 2009 fundado a associação Órfãos de Makala, um orfanato criado na terra natal do pai para ajudar as crianças mais necessitadas.
Fonte: A Bola