Operação inicial deve assistir 43,5 mil pessoas que deixaram Mossul devido à violência; Organização Internacional para Migrações precisa de US$ 15 milhões para fornecer ajuda de emergência aos civis; secretário-geral da ONU volta a condenar violência no país.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, lançou uma operação de emergência para fornecer comida a 43,5 mil pessoas vulneráveis deslocadas no Iraque.
Equipes de emergência foram enviadas a Erbil para determinar as necessidades específicas de alimentos, após meio milhão de civis terem deixado Mossul e seguirem para Erbil.
Crise
Ao custo de US$1,5 milhão, o PMA vai fornecer inicialmente 550 toneladas métricas de alimentos, suficientes para um mês. Segundo a agência da ONU, a crise no Iraque está aumentando rapidamente e já falta comida na fronteira com o Curdistão.
Para fornecer ajuda de emergência aos civis, a Organização Internacional para Migrantes, OIM, outras agências da ONU e ONGs estão pedindo US$ 15 milhões para a compra de tendas e outros itens.
Kits
A OIM já distribuiu kits de emergência para 250 famílias deslocadas ao norte do distrito de Ninewa. Os civis fugiram da violência em Mossul e receberam cobertores, tapete, itens de limpeza, colchões, travesseiros e toalhas. Eles também receberam kits de higiene fornecidos pelo Unicef.
No fim da noite de domingo, o secretário-geral da ONU condenou mais uma vez o aumento da violência no Iraque, citando “grupos terroristas, como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Implicações Sérias
Para Ban Ki-moon, relatos de “execuções sumárias em massa pelo Isil são altamente perturbadores” e ressaltam a urgência de levar os autores desses crimes à justiça.
O chefe da ONU alerta sobre a “retórica sectária que pode exacerbar o conflito e gerar graves implicações para toda a região”. Por isso, ele elogiou o discurso a favor da união do Iraque, feito pelo líder político e religioso Sayed Ali Al-Sistani, que segundo Ban, “é uma voz de profunda influência sobre sabedoria e razão.”
Aos líderes políticos, militares, religiosos e comunitários do Iraque, Ban Ki-moon pede que evitem atos de represália e foquem num plano nacional de segurança.
*Apresentação: Leda Letra.
Fonte: Rádio ONU