Refugiados e ex-funcionário da seleção reforçam torcida bósnia no Rio

sábado, junho 14, 2014

Kenan Mulahusic é ex-fisioterapeuta da Bósnia e vai à estreia da seleção contra a Argentina. Foto: Thales Soares

Kenan Mulahusic é ex-fisioterapeuta da Bósnia e vai à estreia da seleção contra a Argentina. Foto: Thales Soares

A primeira vez da Bósnia-Herzegovina em uma Copa do Mundo traz com ela histórias a serem contadas. A guerra que durou entre 1992 e 1995 deixou vítimas e muitos foram obrigados a deixar o país, que foi reconhecido há 22 anos depois da dissolução da Iugoslávia. Neste domingo, a seleção faz a sua estreia, contra a Argentina, justamente no Maracanã, que será palco da final da competição.

Damir Arnautovic, de 30 anos, trabalha com construção na Austrália. Ainda criança deixou o seu país com os pais como refugiado da guerra. Agora, mantém o sentimento de pátria para sonhar com a Bósnia enfrentando o Brasil em uma final no Maracanã.

- Vamos abrir e fechar a nossa participação no Maracanã. Temos ingressos para os três primeiros jogos e um das oitavas de final. Se a Bósnia passar, temos como conseguir depois. Estamos na torcida e confiantes – afirmou Damir, líder de um grupo que veio da Austrália para acompanhar a Copa do Mundo.

O sentimento de que poderiam ser mais fortes como nação ainda impera entre os antigos países da Iugoslávia. A última participação em uma Copa como nação unificada aconteceu em 1990, quando caiu para a Argentina, nas cobranças de pênalti, nas quartas de final.

Damir (de camisa azul) posa com outros torcedores da Bósnia: "Vamos abrir e fechar no Maracanã". Foto: Thales Soares

Damir (de camisa azul) posa com outros torcedores da Bósnia: “Vamos abrir e fechar no Maracanã”. Foto: Thales Soares

Fisioterapeuta que teve a chance de trabalhar com a seleção em 2009, nos confrontos com Portugal pela repescagem, Kenan Mulahusic, de 31 anos, é um que tem pensamento sobre a força do futebol da antiga Iugoslávia. Com a camisa que ganhou de presente de Salihovic há cinco anos, terá a chance de acompanhar apenas a estreia da Bósnia.

- Moro na Suécia e tenho que voltar para trabalhar. Acredito na Bósnia, mas imagina se nos juntássemos com as seleções de Sérvia e Croácia? Seríamos mais fortes – afirmou Kenan.

Além da Argentina, a Bósnia ainda terá pela frente Nigéria e Irã no Grupo F. A confiança é grande na classificação.

- A Nigéria é perigosa, mas temos que tomar cuidado também com o Irã. Ninguém esperava que a Holanda vencesse a Espanha dessa forma e aconteceu – comentou Damir, se referindo à vitória da vice-campeã sobre a atual campeã do mundo nesta sexta-feira.

Fonte: Globo.com


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