Na manhã deste domingo (27), militantes islâmicos do Hamas concordaram com uma trégua humanitária de 24 horas oferecido ontem por Israel, informou um porta-voz do grupo.
“Foi acordado entre as facções de resistência 24 horas de trégua humanitária”, afirmou o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri. O período de trégua começaria às 8h (horário de Brasília), hora em que o som de pesado bombardeio israelense pôde ser ouvido dentro de Gaza. Sirenes soaram em comunidades israelenses perto da fronteira, sugerindo que militantes palestinos haviam disparado mísseis contra eles.
O governo israelense cancelou o cessar-fogo de 24 horas no início do dia, depois que o Hamas lançou 25 mísseis contra o sul e o centro de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse à CNN que o grupo palestino violara sua própria oferta de trégua humanitária em Gaza. “O Hamas não aceita o seu próprio cessar-fogo, continua disparando contra nós, enquanto nós falamos”. Netanyahu acrescentou que Israel “sempre vai tomar toda a ação necessária para proteger o nosso povo”.
Ontem (26), israelenses e palestinos cumpriram 12 horas de cessar-fogo. Uma hora após o término do prazo inicial, Israel disse que três foguetes foram disparados contra o país — o Hamas alega que atirou “várias dezenas”. Sem retaliações à ofensiva, o governo de Israel informou na noite de ontem que prorrogaria o cessar-fogo por mais 24 horas.
Apelo do papa
Durante o discurso de Angelus deste domingo, na Praça São Pedro, o papa Francisco fez um apelo pela paz. Com a voz emocionada, o pontífice terminou sua fala lembrando o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, que se aproxima, e disse que seus pensamentos estavam nas atuais regiões de conflito, como Oriente Médio e Ucrânia.
“Parem, por favor! Eu lhes peço de coração, está na hora de parar. Parem, por favor”, pediu o papa. “Irmãos e irmãs, nunca a guerra, nunca a guerra. Estou pensando principalmente nas crianças que estão sendo privadas da esperança de uma vida digna, de um futuro. Crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças órfãs, crianças cujos brinquedos são coisas que sobraram da guerra, crianças que não conseguem mais sorrir.”
(Com agências internacionais)
Fonte: Brasil Post