Líderes partidários fundamentais para Biniamin Netanyahu são contra trégua e podem apoiar oposição, se houver discordância
O premiê israelense, Biniamin Netanyahu, enfrenta forte pressão dentro de seu gabinete. Os ministros Naftali Bennett e Avigdor Lieberman, de Relações Exteriores, são contra sequências de cessar fogo que ocorrem entre Israel e Hamas. Até porque, segundo eles, a trégua é sempre quebrada por palestinos.
“A operação só deve terminar quando não lançarem mais mísseis contra a nossa região sul e devolverem os corpos de dois soldados mortos em combate”, opinou Lieberman.
Os dois ministros são líderes de partidos membros da coalização governamental de Israel. Caso existam discordâncias políticas, eles podem passar à oposição, o que enfraqueceria Netanyahu e o obrigaria a convocar novas eleições. Este seria um caso extremo, mas serve para demonstrar que, internamente, o premiê “pisa em ovos”.
A partir desta quinta-feira (14), está valendo novo cessar fogo de cinco dias. As negociações seguem ocorrendo no Cairo, com intermediação estrangeira. Por enquanto, não há consenso entre Israel e Hamas.
O primeiro deseja o fim dos ataques de mísseis contra sua população sulista, que já duram 12 anos. O segundo quer a abertura total, por vias terrestre e marítima, das fronteiras.
Israel afirma que “se tirar forças de segurança das entradas para a Faixa de Gaza sua existência corre sério risco, pelo tráfico de armas pesadas”. No entanto, o Hamas se mostra irredutível, pois “só para de atirar, quando terminar o bloqueio”.
A população palestina, impedida de entrar ao território vizinho para trabalhar, sofre perdas sócio-econômicas.
Efeito deste conflito, choque diplomático entre Israel e Brasil pode ter final feliz. O presidente israelense, Rueven Rivlin, telefonou à presidente Dilma Roussef, pedindo desculpas “por qualquer desavença”, reafirmando a amizade de tantos anos, entre os dois países.
Outra preocupação internacional dos israelenses foi a vitória do presidente Recep Erdogan, da Turquia, com 52,1%.
Divulga-se intenção de promover mudança constitucional, com o Poder Executivo alcançando influências sobre o Legislativo e Judiciário.
Fonte: Último Segundo