As Nações Unidas participam de uma Conferência para Reconstrução de Gaza após o conflito que destruiu grande parte da região.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, participou da reunião e anunciou logo após o encontro que irá a Gaza, na terça-feira, para conferir de perto a situação.
Água
A Conferência, no Cairo, está sendo organizada pelo presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, e conta com autoridades do país e delegações estrangeiras.
Ban Ki-moon discursou na abertura do evento e lembrou que vilarejos inteiros foram deitados por terra e a infraestrutura completamente destruida. Cerca de 450 mil pessoas perderam acesso àgua municipal, e a falta de energia elétrica permanece, em alguns casos, por até 18 horas por dia.
Ban Ki-moon afirmou que a população de Gaza sofreu demais com os confrontos, muitos ficaram desabrigados pelos ataques entre israelenses e palesinos.
Para ele, é preciso agir em nome de todos as vítimas da tragédia.
Ban lembrou que crianças de Gaza que ainda não atingiram o terceiro ano escolar já passaram por três guerras.
Ciclo
O chefe da ONU destacou a conferência de Sharm el-Sheik, no Egito, realizada em 2009, para reconstrução de Gaza após uma outra guerra com Israel.
Segundo ele, o ciclo de violência tem continuado. Ban Ki-moon informou que os foguetes lançados pelo Hamas e outros grupos armados de Gaza contra Israel não pararam.
Somente o último conflito matou mais de 2,1 mil palestinos e pelo menos 70 israelenses. Dezenas de escolas, hosítais e clínicas foram destruídos. Abrigos de mulheres e crianças, geridos pela ONU, também foram atacados. Onze funcionários das Nações Unidas perderam a vida.
Base Política
O secretário-geral da ONU prometeu o apoio da organização ao Governo de Consenso Nacional e disse que as ações de auxílio precisam apoiar a população refugiada e não refugiada. Ele afirmou que a reconstrução definitiva de Gaza deve ter de uma base política
Ban finalizou dizendo que a mensagem é clara: é preciso promover um ambiente que leve à paz e respeite os direitos humanos. Ele defendeu a investigação de possíveis violações da lei humanitária internacional por todas as partes do conflito.
O chefe da ONU dise ainda que é preciso aproveitar a oportunidade das Conversações do Cairo e fortalecer o cessar-fogo além de evitar ações que possam agravar as tensões.
Fonte: Amambai Notícias