Responsáveis católicos pedem consenso nacional e internacional para travar avanço dos jihadistas
Segundo a instituição, milhares de pessoas fugiram perante a aproximação dos rebeldes jihadistas do ISIS (Estado Islâmico do Iraque e do Levante), número no qual se incluem “os cerca de 3 mil cristãos que viviam na cidade”.
De acordo com o arcebispo caldeu de Mosul, D. Shimon Emil Nona, todos estes cristãos encontram-se agora refugiados em aldeias próximas de Nínive, em abrigos provisórios que a Igreja tem disponibilizado, quer em escolas, salas de catequese e até em casas abandonadas.
Para Regina Lynch, diretora de projetos da Fundação AIS, “o sofrimento sem fim dos cristãos iraquianos é uma ferida aberta”.
“Os cristãos no Iraque têm de saber de que não estão abandonados e que os cristãos no resto do mundo estão com eles, rezam por eles e, ajudam-nos na medida das suas possibilidades”, precisa.
Por isso, além dos projetos que a AIS já tinha em marcha na região, esta ajuda de emergência “procura cumprir essa solidariedade”.
Em declarações à Fundação AIS, desde Bagdade, o arcebispo Jean Sleiman fala num “ambiente de caos” com as pessoas a tentar sair da cidade com medo da ofensiva do ISIS, havendo estradas bloqueadas e o aeroporto congestionado até ao final do mês.
O prelado defende um consenso na sociedade iraquiana como forma de se deter o avanço jihadista, caso contrário, “haverá um desfecho trágico”.
“O ISIS tem de ser detido… e é preciso que os líderes iraquianos trabalhem juntos para o fazer. Isso é mais importante do que conseguir o envolvimento da comunidade internacional”, sustenta.
D. Jean Sleiman, arcebispo latino de Bagdade, pede orações “pela paz e solidariedade”, e para que se encontre uma solução para esta crise.
Fonte: Agência Ecclésia