Um dado triste e que impressiona pela magnitude. Segundo um relatório da agência da ONU para refugiados, o número de pessoas forçadas a deixar suas casas em todo o mundo ultrapassa 50 milhões.
Essa é a primeira vez que a marca é atingida desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), e mostra a gravidade da situação. O que fez explodir o número de refugiados foi a guerra civil na Síria, um conflito marcado por barbaridades.
Ainda de acordo com a ONU, até o fim do ano passado, 51,2 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas em todo o mundo. Isso é seis milhões de pessoas mais do que no final do ano anterior, sendo que este número inclui tanto os refugiados requerentes de asilo que fugiram para o exterior quanto os deslocados internos.
A multiplicação de crises força o número de refugiados para cima, e essa é uma tendência que, infelizmente, não parece perder força. Além disso, o grande número de refugiados está sobrecarregando os recursos dos países de acolhimento e organizações de ajuda humanitárias.
Conflitos em curso e perseguições em vários lugares, como Síria, República Centro-Africana e Sudão do Sul, estão longe do término, o que faz com que aumente o número de civis atingidos e, consequentemente, refugiados.
Somente na Síria, a guerra civil forçou mais de nove milhões de pessoas a abandonarem suas casas, com cerca de três milhões refugiadas no exterior, e mais de 6,5 milhões deslocadas internamente. Cerca de 6,3 milhões de indivíduos estão no exílio há mais de cinco anos, o que faz aumentar o sentimento de desesperança e de perda de raízes com suas terras, famílias e tradições.
Aqui, como em toda situação de guerra, é preciso lembrar que quem mais sofre são as mulheres, crianças e idosos – justamente os grupos que mais precisam de proteção. Se guerras são inevitáveis, minimizar o sofrimento dessas pessoas faz-se questão absolutamente urgente e necessária.
Fonte: O Estado