As autoridades italianas resgataram no mar 3.800 menores procedentes da Síria e Eritreia, só em maio, o que deixa antever um verão preocupante, tendo em conta o previsível aumento do número de migrantes que irão tentar chegar à Europa de barco, através do Mediterrâneo. O alerta é da organização não governamental (ONG) Save the Children, que fez um estudo sobre as experiências dos imigrantes que arriscam tudo para fugir do país de origem, e concluiu que o movimento de embarcações já está a aumentar desde abril.
Ao contrário do que anseiam os migrantes, as travessias pelo Mediterrâneo em vez de os fazerem esquecer os horrores que viveram nos seus países, acabam por fazê-los reviver os tormentos. As viagens, em condições degradantes, podem durar 15 dias, sem comida nem água. E os traficantes obrigam as famílias a pagar entre 700 e 2.500 euros para as levarem até à costa europeia, em barcos frágeis, que correm o perigo de naufragar antes de chegarem a terra.
Segundo a Save the Children, a maioria dos imigrantes que chega à Europa através de Itália é da Síria ou da Eritreia. Como nas embarcações viaja, por norma, um grande número de crianças, é pedida a intervenção da União Europeia, quer no reforço das operações de resgate e vigilância no mar, quer na simplificação dos procedimentos legais para acolhimento dos refugiados.
Fonte: Paróquia Santo Afonso