O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou no domingo (29), estar muito preocupado com o agravamento da crise no Iraque e o aumento persistente do número de mortos e feridos. Até o momento, ao menos 1,2 milhão de pessoas foi deslocada pela violência, 1,3 mil foram mortas, entre elas 900 civis, e 1.250 ficaram feridas, de acordo com a Missão de Assistência das Nações Unidas no Iraque (UNAMI) e o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH).
Ban instou as autoridades do país a levar à justiça tanto os membros do grupo armado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL) quanto da Força de Segurança Iraquiana. Ambos os lados são acusados de cometer violações de direitos humanos e do direito internacional humanitário, que incluem execuções sumárias de soldados e prisioneiros capturados, bombardeios indiscriminados de áreas civis e o sequestro e assassinato de membros de comunidades religiosas e étnicas.
Em Bagdá, o representante especial do secretário-geral, Nickolay Mladenov, pediu ao novo parlamento do país para começar imediatamente a responder às preocupações políticas, sociais, humanitárias e de segurança de todas as comunidades do Iraque. Para isso, pediu que o parlamento escolha logo um porta-voz e seu presidente, para poder aprovar o novo governo, conforme estipulado na Constituição.
“Qualquer atraso nesse processo, causado por falta de quórum ou vontade de mostrar compromisso, será prejudicial para o futuro do país”, advertiu o chefe da UNAMI.
Fonte: ONU