Bombardeios em uma guerra sem fim

sábado, julho 12, 2014

interOs atuais confrontos preocupantes entre Israel e Palestina começaram no dia 12 de junho de 2014, após três jovens israelenses serem assassinados em Hebron, na Cisjordânia. Ambos de idade entre 16 e 19 anos, sumiram depois de serem vistos pela última vez em uma estação de ônibus perto do assentamento judeu Gusch Ezion, em Belém, de acordo com o Exército.

Supostamente, eles iriam pegar uma carona até suas respectivas casas em Israel, por isso entraram num veículo de placa israelense, no qual os ocupantes sequestraram e assassinaram os três.

Os corpos foram encontrados no dia 30 de junho e sepultados no dia 1 de julho, na presença de cerca de 50 mil pessoas que acompanharam o funeral. Posteriormente à morte destes israelenses, outro jovem de 16 anos foi sequestrado e morto, só que desta vez, era um palestino. Os fatos fizeram com que as tensões se intensificassem.

Nesta semana, cerca de 16 pessoas morreram em ataques na Faixa de Gaza. Os foguetes chegaram atingiram Tel Aviv. O governo israelense convocou 40 mil reservistas para atuarem na fronteira de Gaza após ataques a Israel. Ao todo foram 235 ataques israelenses contra o território da Palestina e 150 foguetes palestinos lançados de lá.

Em um dos ataques, sete pessoas da mesma família morreram. Possivelmente teriam alguma ligação com o Movimento de Resistência Islâmica, Hamas (organização palestina que, desde 2007, controla a Faixa de Gaza e não reconhece o Estado de Israel). Um outro ataque, contra um carro num campo de refugiados, matou o líder marítimo do Hamas, Muhammad Shaaban. O porta-voz do Hamas acusou Israel de realizar massacres e confirmou que a partir de agora “todos os israelenses serão alvos legítimos”. O número de palestinos mortos ultrapassa 70 e, dentre estes, ao menos 60 eram civis, até mesmo mulheres e crianças. O grupo radical islâmico solicitou que os moradores dos locais atingidos se posicionem como escudos humanos. Ao menos 25 casas palestinas já foram atingidas. Moradores locais carregam constantemente os corpos de crianças encontradas em meio aos escombros, devido aos bombardeios.

O ministro de Defesa israelense, Moshe Yaalon, alertou para a possibilidade do fortalecimento da violência: “Estamos nos preparando para uma batalha contra o Hamas, que não se resolverá em poucos dias”. E enfatizou: “Um ataque terrestre não está descartado”. O alerta foi feito em uma reunião com Yaalon. Antes de lançar os foguetes e bombas, o Exército de Israel anunciou aos moradores para que deixassem suas residências. Autoridades israelenses declararam também que cerca de 300 mísseis foram lançados pelo exército, somando 750 alvos.

Segue o terceiro dia consecutivo de ataques de ambos os lados, sem previsão de trégua. Israel prometeu aumentar a operação Limite Protetor e intensificar os ataques, mas o Hamas respondeu com inúmeros lançamentos de foguetes. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entrou em contato com líderes do Hamas para certificá-los de que foram eles os culpados pela proporção da violência.

As desavenças entre Israel e Hamas iniciaram-se muito antes dos três jovens serem sequestrados. No final do mês de abril, os líderes radicais do grupo Hamas, junto aos moderadores do Movimento de Libertação Nacional da Palestina, Fatah, anunciaram o objetivo de governarem as regiões da Palestina futuramente. Já no início de junho, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, anunciou a unificação dos dois grupos para o novo governo. Abbas confirmou que o governo unificado conservaria o acordo de paz com Israel. Sua postura foi criticada por Netanyahu, que declarou que Abbas não poderia assinar um acordo de paz mantendo um governo unificado com o Hamas, que instituiu a destruição do Estado de Israel.

E mais uma vez, enquanto governos se atacam, vidas são perdidas. Inocentes morrem devido à sede de poder de quem não se contenta com seu posto ou Estado. Violando radicais de Hamas e Israel, violam os direitos humanos. E assim se segue o conflito, bombas, lágrimas e sangue. Sangue escorrendo de inocentes, lágrimas derramadas por quem perdeu tudo e bombas arremessadas por governos que não pensam, ou não raciocinam, que o povo é quem está morrendo, o povo que ergue o país. O futuro também morre com eles, pois cada criança inocente que se foi, levou consigo uma parte do que seria a futura nação de Israel e Gaza.

Fonte: Brasília em Dia 

 


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