Bombardeamentos em Damasco mataram 1400 pessoas
O secretário de estado dos Estados Unidos da América afirmou que, para já, não haverá ataque militar contra Síria, para não se repetir “erros cometidos no Iraque”.
John Kerry, secretário de Estado dos Estados Unidos da América, falou esta sexta-feira em conferência de imprensa, na Casa Branca, e revelou dados que confirmam ataque químico por parte do regime de Bashar al-Assad contra a própria população, na semana passada.
O responsável pela diplomacia norte-americana revelou que o governo sírio “contém o maior programa de armas químicos e utilizou-o”, num ataque que “matou 1429 pessoas, das quais, mais de 400 eram crianças”, criticando durante todo o discurso os atos cometidos contra a população da Síria. John Kerry afirmou que “centenas de fontes” confirmaram que os bombardeamentos foram perpetrados pelo Governo sírio.
Essa informação será disponibilizada ao público, apesar de parte dela ser apenas mostrada “aos membros do Congresso, os representantes do povo americano” por “respeito e por forma a garantir a segurança das fontes”. John Kerry afirmou ainda que os Estados Unidos continuarão a falar com o Congresso, com os seus aliados e com os cidadãos norte-americanos para perceber o passo a seguir, afirmando que o mundo “está cansado de guerras”.
As palavras do secretário de Estado referiram também as ações do governo de Bush, tendo realçado que a administração Obama “não vai repetir os erros cometidos no Iraque”, o que levou à invasão do país e o derrube do regime de Saddam Hussein com base em informações falsas sobre a possibilidade de o Iraque possuir armas de destruição massiva.
Para finalizar, o secretário de Estado afirmou que não se voltará a utilizar as armas mais perigosas contra a população mais vulnerável do mundo. Obama anuncia que está a estudar uma ação limitada contra a Síria. O presidente dos Estados Unidos assegurou que ainda não se tomou nenhuma decisão definitiva sobre um ataque ao regime, cujas armas químicas são uma ameaça para os Estados Unidos.
Fonte: Correio da Manhã