Cada vez mais intensa, a crise de refugiados na Síria atinge nesta sexta-feira (29) o número recorde de 3 milhões de pessoas, em meio a relatos sobre a piora nas condições da população civil dentro do país. Em várias cidades, a população está cercada, pessoas estão famintas e civis estão sendo alvejados ou mortos indiscriminadamente.
Quase metade de todos os sírios foi forçada a deixar suas casas e a fugir para salvar suas vidas. Um em cada oito (12,5%) sírios tem cruzado a fronteira do seu país, o que significa um milhão de pessoas a mais que em todo o ano anterior. Outros 6,5 milhões de cidadãos sírios encontram-se deslocados dentro do território sírio. Mais da metade dessa população deslocada é formada por crianças.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) e outras agências humanitárias estão verificando um número crescente de famílias chegando aos países de refúgio em estado de choque, exaustos, assustados e com seus pertences depauperados. Muitas dessas famílias estão em processo de deslocamento por mais de um ano, fugindo entre uma vila e outra antes de tomar a decisão de deixar o país.
Há sinais preocupantes de que os caminhos que levam para fora da Síria estão se tornando mais difíceis, com muitas pessoas sendo forçadas a pagar propinas em pontos de fronteira controlados por grupos armados. Refugiados que cruzaram o deserto em direção à Jordânia estão se valendo de esquemas de tráfico humano e pagando até US$ 100 por pessoa para chegar a um local seguro.
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Fonte: ONU