O alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, destacou ontem a colaboração do Executivo nas acções da organização e pediu a Angola que formalize a sua candidatura a membro pleno do Comité Executivo do organismo.
Ao falar à imprensa em Genebra, no final de um encontro com o ministro da Assistência e Reinserção Social, João Baptista Kussumua, António Guterres reconheceu os esforços do Executivo no repatriamento dos ex-refugiados e disse acreditar no êxito do processo,l que termina no fim deste ano.
O encontro decorreu à margem da 65ª Sessão do Comité Executivo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e serviu para abordar aspectos relacionados com o processo de repatriamento dos ex-refugiados angolanos. Durante o encontro, o ministro informou que o Executivo está empenhado no processo de repatriamento voluntário do remanescente de ex-refugiados que se encontram na República Democrática do Congo.
“O processo decorre com normalidade. Estamos atentos a todas as situações administrativas e logísticas para terminar com êxito esta tarefa em que estamos todos engajados, nomeadamente, o Governo angolano, as autoridades congolesas e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados”, afirmou. O ministro reconheceu a existência de “pequenos constrangimentos” que têm sido pontualmente solucionados, sem afectar o curso normal do processo de repatriamento. “Muitas pessoas fazem-se acompanhar de crianças, mas não se sabe bem o seu grau de parentesco, correndo-se assim o risco de sermos vistos como facilitadores de tráfico de seres humanos”, exemplificou o ministro.
Outro problema tem a ver com a documentação. Muitos possuem documentos, mas não constam no manifesto, o que exige um trabalho aturado de todos os intervenientes para resolver os problemas administrativos. O acolhimento dos ex-refugiados está a ser feito com a atribuição de terras, emprego de acordo com as aptidões, escolas para as crianças e serviços sanitários. Recentemente, o ministro João Baptista Kussumua garantiu que os ex-refugiados que decidiram regressar ao país vão receber assistência social até à fase de reintegração nas áreas de destino final. A medida facilita a integração.
Fonte: AngoNotícias