Profissionais de saúde e instalações médicas que viabilizam o acesso a remédios, vacinas e outros produtos importantes para a ajuda humanitária na Síria devem ser protegidos, pediu a subsecretária-geral da ONU para Assuntos Humanitários.
“É do interesse de ambas as partes em conflito e de todas as pessoas da Síria preservar a neutralidade e a funcionalidade da infraestrutura da área de saúde”, disseram a chefe do Escritório da ONU de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Valerie Amos, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, e o diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Anthony Lake.
Na declaração conjunta os funcionários condenam os ataques à área de saúde e quaisquer outras instalações civis na Síria e acrescentam que estão “profundamente preocupados com as consequências [que esses ataques terão] para os pacientes, profissionais de saúde e o fornecimento de suprimentos médicos”, lembrando que, de acordo com a lei internacional, ataques contra instalações de saúde podem ser considerados crimes de guerra.
De acordo com dados da ONU, mais de 60% dos hospitais públicos não estão funcionando e uma porcentagem semelhante de ambulâncias foi roubada ou danificada.
“Em um momento onde hospitais estão sobrecarregados com pacientes, é fundamental que estas instalações sejam protegidas e que as equipes médicas sejam autorizadas a prestar assistência médica, cirúrgica e obstétrica aos pacientes sem qualquer risco”, afirmam as lideranças.
De acordo com o OCHA, apesar da insegurança e das sérias dificuldades de acesso, a ONU e seus parceiros ajudaram a vacinar mais de 3,3 milhões de crianças contra o sarampo e a poliomielite nas últimas semanas e mais de 8 mil mulheres receberam serviços de saúde reprodutiva e materna, e centenas de milhares de pessoas com problemas crônicos de saúde estão sendo tratadas com medicamentos e treinamento fornecidos pela ONU e parceiros.
Neste sábado (7), Amos relatou ao Conselho de Segurança da ONU os desafios para o acesso humanitário no país devastado pela guerra. Ela contou que, apesar de “progressos modestos” com o governo, visando a aceleração da concessão de vistos e o aumento do número de centros de distribuição de ajuda humanitária, é possível que 250 mil sírios permaneçam sem ajuda.
Fonte: ONU