O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon expressou preocupação com relatos de confronto armado entre os membros do Exército de Libertação do Povo do Sudão, Spla, iniciados na noite de domingo na capital Juba.
Numa conversa telefónica com o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, nesta terça-feira, o chefe da ONU pediu o fim imediato das hostilidades e que o governo aja com cautela no controlo da situação e para garantir a proteção dos civis.
Mulheres e Crianças
A ONU estima que 13 mil pessoas tenham procurado refúgio dentro das instalações em Juba, sendo grande parte constituída por mulheres e crianças.
O Secretário-Geral espera que a situação da segurança na cidade normalize rapidamente, para que os civis possam regressar à casa com segurança. O pedido ao governo é que estenda a oferta de diálogo a oposição para resolver as diferenças de forma pacífica.
No contacto, Ban manifestou prontidão da ONU para ajudar as autoridades perante a situação difícil.
Disciplina
O apelo lançado pelo Secretário-Geral a Kiir foi para o respeito do direito humanitário internacional pelas forças de segurança. Ban quer que o presidente exerça a sua liderança neste momento e restaure a disciplina para que se ponha termo às lutas entre os militares do Spla.
Antes, a enviada especial do Secretário-Geral para o país, Hilde Johnson, disse que a união entre os sul-sudaneses é mais necessária do que nunca.
Johnson quer que os líderes do Sudão do Sul, todos os partidos e fações políticas, como também os representantes comunitários evitem qualquer tipo de ação que possa alimentar as tensões étnicas e aumentar a violência.
A Missão da ONU para o país, Unmiss, já tinha feito um alerta anteriormente contra qualquer tipo de discurso de incitação ao ódio em relação à violência entre as comunidades.
Conflito Étnico
Para o chefe da Unmiss, é muito importante que a violência atual no país não assuma uma dimensão de um conflito étnico.
A enviada especial disse que os maiores bens do Sudão do Sul não são apenas suas riquezas, mas o seu povo e a sua diversidade.
Johnson afirmou que em vez de se tornar uma força para divisão, a diversidade deveria ser uma fonte para união no processo de construção do novo país.
Fonte: Rádio ONU