Com o fim de 2013, um ano extremamente difícil para os refugiados da Palestina, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA ) alertou esta semana que todas as suas áreas de operação estão passando por dificuldades .
“Isso significa que neste inverno, no Oriente Médio, será ainda mais difícil do que o normal para os refugiados da Palestina mandarem seus filhos às escolas, colocar comida à mesa, ir às consultas médicas ou mesmo simplesmente pensar em como será o dia seguinte”, diz a Agência.
Na Cisjordânia, 60% da Área C fica sob o controle total de Israel. E refugiados da Palestina e comunidades beduínas estão encarando um difícil inverno. O acesso a serviços básicos como escolas e tratamento de água é extremamente limitado. Suas casas e comunidades, rudimentares e insuficientes como já são, constantemente recebem ordens de demolição ou são ameaçadas por colonos israelenses. Viver sob constante ameaça de mais desalojamento trouxe um severo estresse psicológico a essas comunidades.
A situação em Gaza já vem se deteriorando há muito tempo, por conta dos muitos anos de conflito e bloqueio. Em 1º de novembro, a usina de energia de Gaza teve que ser desligada. Neste inverno, os moradores da região estão sofrendo com os cortes de energia que duram até 16 horas por dia. Casas, pequenos negócios, escolas, hospitais e até mesmo prédios públicos estão sendo afetados, fazendo com que os serviços prestados pela UNRWA de distribuição de alimentos e remédios sejam ainda mais importantes.
Agora já com quase três anos, o conflito na Síria se tornou um dos maiores desafios que a UNRWA já teve nos últimos 60 anos. Dos mais de meio milhão de refugiados da Palestina na Síria, 80% precisa de assistência humanitária emergencial. Mais da metade saiu de suas casas. Os que permanecem no país se alojam em abrigos coletivos ou em áreas seguras, e milhares fugiram para o Líbano e Jordânia. O êxodo dessa população a expõe a mais a maiores dificuldades, em ambientes desconhecidos, onde os serviços de assistência disponibilizados já estão praticamente esgotados.
Em todas essas regiões, a UNRWA trabalhou nos últimos anos para fornecer serviços de educação, tratamento de saúde, ajuda humanitária e assistência emergencial. A Agência afirma que, neste inverno, é ainda mais importante que a manutenção desses serviços. A campanha “#dêabrigo” quer que a passagem por esta estação do ano tenha “um pouco mais de calor humano”.
“Neste inverno, os refugiados da Palestina estão com frio e enfrentando uma grave crise. Com o apoio de pessoas como você esperamos arrecadar 50 mil dólares para comprarmos cobertores, combustíveis para aquecedores e roupas quentes para os refugiados mais vulneráveis”, diz o anúncio da campanha.
Saiba como ajudar na página da organização, em www.unrwa.org.br
Fonte: ONU