“Vinte e oito dos alegados sírios que chegaram na terça-feira a Lisboa num voo da TAP proveniente da Guiné-Bissau foram acolhidos pela Fundação O Século e estão bem”, disse Emanuel Martins, presidente da Fundação O Século, nesta sexta-feira. Ao todo são cinco famílias, num total de 28 pessoas, das quais nove adultos e 19 crianças.
Em declarações à agência Lusa, o responsável adiantou que as crianças estão acompanhadas e frequentam o ATL da fundação. A instituição acolheu os alegados sírios na sequência de uma solicitação da Segurança Social.
Uma fonte da fundação contou à Lusa que desconhece a nacionalidade daquelas pessoas, que não falam português, nem inglês.
Um grupo de 74 passageiros (21 crianças, 15 mulheres e 38 homens), supostamente sírios, proveniente de um voo da Guiné-Bissau foi, na terça-feira, retido no aeroporto de Lisboa, por uso de passaportes falsificados da Turquia.
Os 74 imigrantes ilegais pediram asilo a Portugal e foi-lhes concedido um visto especial de entrada no país por razões humanitárias, aguardando a conclusão do processo em centros de acolhimento fornecidos pela Segurança Social.
Na quarta-feira, a TAP anunciou a suspensão da operação para Bissau “perante a grave quebra de segurança ocorrida”.
A companhia aérea acrescentou, na altura, que a rota Lisboa/Bissau/Lisboa estaria suspensa até uma completa avaliação das condições de segurança no aeroporto” da capital da Guiné-Bissau.
O governo de transição da Guiné-Bissau anunciou entretanto que vai abrir um processo de averiguações, tendo sido pedidos relatórios aos ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros.
O Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau, Abdu Mané, classificou hoje como um “acontecimento vergonhoso”para o país o incidente com as autoridades portuguesas.
Fonte: TVI