O chefe da ONU saudou a indicação de um grupo mediador para trabalhar com o Governo do Sudão do Sul e a oposição no alcance de um cessar-fogo para acabar com atual conflito na nação mais nova do mundo.
Os combates começaram em 15 de dezembro, quando o governo do presidente Salva Kiir disse que soldados leais ao ex-presidente Riek Machar tentaram dar um golpe de Estado. A violência desde então já deixou mais de mil mortos e 180 mil deslocados, dos quais 75 mil buscaram abrigo em bases da missão de paz das Nações Unidas no país, conhecida como UNMISS .
“A violência, os ataques e abusos de direitos humanos devem acabar imediatamente” disse Ban Ki-moon em comunicado emitido pelo porta-voz no sábado (28). O secretário-geral lembrou que os culpados serão responsabilizados e pediu a garantia de que os direitos e a segurança dos civis sejam protegidos.
A ONU permanece ao lado do povo do Sudão do Sul e continuará fazendo tudo o que está ao seu alcance para proteger os civis em risco, além de prover a assistência humanitária necessária.
Na sexta-feira (27), o primeiro reforço determinado pelo Conselho de Segurança desembarcou na capital do país, Juba – um grupo de 72 policiais das Nações Unidas que integram a missão de paz na República Democrática do Congo.
A ONU está trabalhando com outras missões na região, assim como com países contribuintes de tropas e policiais, para remanejar contingentes e equipamentos, especialmente helicópteros, para reforçar a proteção de civis no Sudão do Sul.
Também na sexta-feira, o bloco regional do leste da África conhecido como Autoridade Intergovernamental sobre Desenvolvimento pediu que todas as partes se abstenham de ações que possam inflamar o conflito e condenou “ideologia falida e oportunista” do sectarismo étnico e religioso.
O bloco informou que vai considerar medidas caso um cessar-fogo não seja estabelecido até esta segunda-feira (30).
Fonte: ONU