Brahimi afirma que está sendo alcançada uma solução para os civis em Homs

domingo, janeiro 26, 2014

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York

Brahimi fala a jornalistas em Genebra (Foto: Jean-Marc Ferré)

No segundo dia de conversas diretas entre o governo da Síria e a oposição, mediadas pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, foi decidido que mulheres e crianças poderão deixar a cidade velha de Homs imediatamente.

Em Genebra, Lakhdar Brahimi afirmou que as partes estão alcançando uma solução para os civis. O governo deve permitir a abertura do corredor humanitário na cidade velha de Homs esta segunda-feira, para que mulheres e crianças deixam a área. Em uma segunda etapa, civis homens devem sair do local.

Prisioneiros

Pela manhã, o enviado da ONU reuniu na mesma sala governo e oposição e durante a tarde, Brahimi manteve conversas separadas com os dois lados em conflito.

Segundo ele, houve uma longa discussão sobre a situação dos prisioneiros e detidos. A oposição concordou em fornecer uma lista das pessoas que estão sob o poder de grupos armados.

O enviado voltou a afirmar que a situação é extremamente difícil e complicada e por isso, é muito cedo prever quando terminam as negociações. Brahimi espera que sejam feitos progressos graduais e garante que governo e oposição estão mostrando “respeito mútuo” e cientes de que a tentativa por um acordo de paz é importante.

Eleições

Os três lados voltam a se reunir em Genebra esta segunda-feira e a principal meta é discutir a possibilidade de um governo de transição. Mas o vice-ministro das Relações Exteriores da Síria reafirmou neste domingo que está nas mãos dos sírios decidir o futuro do presidente Bashar al-Assad. Para Faisal Makdad, a única solução “no fim do túnel” é a realização de eleições.

O representante do governo sírio garantiu que não existem crianças detidas no país e que os civis tem dificuldades para deixar o centro de Homs devido aos grupos armados. O vice-ministro confirmou a passagem do comboio humanitário para esta segunda-feira.

Segundo Makdad, o governo não fala em “cessar-fogo”, mas em “acordos de segurança” que coloquem um fim às mortes e à violência no país.

Fonte: Rádio ONU


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