Mulheres e crianças na República Centro-Africana. Foto: Acnur/B. Heger
A ONU alertou que a República Centro-Africana está num momento crítico em meio aos confrontos entre ex-membros do grupo Séléka, de maioria muçulmana, e da milícia anti-Balaka, formada por cristãos.
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, afirmou esta segunda-feira, que a situação da segurança e dos direitos humanos piorou nos últimos dias.
Vulneráveis
Segundo ela, os civis muçulmanos estão extremamente vulneráveis e muitos estão sendo levados a deixar o país, junto com ex-membros do grupo Séléka, a maioria em direção ao Chade.
O porta-voz do Alto Comissariado para Direitos Humanos, Cécile Pouily, falou à Rádio ONU sobre os confrontos entre a mílicia anti-Balaka e rebeldes Séleka, que receberam apoio de civis muçulmanos armados.
Pouily disse que depois das lutas, multidões estão saqueando lojas e residências de muçulmanos e até mesmo mesquitas.
Situação Complexa
Ele disse que muitos muçulmanos e ex-integrantes do grupo Séléka estão fugindo para o norte do país.
O porta-voz afirmou que a situação é muito complexa e para piorar, houve uma proliferação de grupos armados na região.
Pouily declarou que o maior desafio agora é restaurar a segurança e todo esforço feito nesse sentido é bem-vindo.
A ONU calcula que o número de deslocados no país já atingiu 922 mil, aproximadamente a metade está na capital, Bangui.
Fonte: ONU
