Os 74 refugiados sírios que pediram asilo a Portugal em Dezembro, vindos da Guiné-Bissau, já não se encontram em território português.
Segundo o director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos, o Estado deixou de saber do paradeiro destes cidadãos sírios no início de Janeiro. Alguns estavam em instalações cedidas pelo Governo e outros em hotéis, que pagavam do seu próprio bolso.
Em Lisboa, permanece o bebé que nasceu prematuro. A mãe abandonou o país mas continua em contacto com os médicos do hospital onde está a criança, que nasceu prematura e por isso ainda não teve alta. A mãe do bebé deverá estar na Alemanha, pois quando chegou a Lisboa disse às autoridades portuguesas que queria ir para aquele país rapidamente para se juntar a outros familiares.
“Os cidadãos sírios que pediram asilo têm a obrigatoriedade de comunicar onde estão, o que deixaram de fazer. Deve ter acontecido de certeza o que acontece por essa Europa fora. Foram para países onde têm familiares ou amigos”, afirmou o director do SEF aos jornalistas, no final de uma audição no Parlamento sobre a nova lei de asilo. “Não podemos fiscalizar ou condicionar a sua presença a um local específico”, acrescentou. Se forem detectados em algum pais da União Europeia, o que ainda não aconteceu, os cidadãos sírios serão devolvidos a Portugal onde decorrem ainda os trâmites do pedido de asilo. Estes cidadãos não têm ainda uma autorização de residência no espaço Schengen.
Se a nova lei de asilo estivesse em vigor em Dezembro, quando aterraram na Portela, os cidadãos sírios poderiam ter ficado sujeitos a um regime de internato, se assim o tribunal o entendesse.
Na sua maioria, estes sírios pertencem à classe média e alta, têm instrução superior e falam inglês. Pagaram elevadas somas de dinheiro para obter passaportes falsos na Turquia, com os quais chegaram a Portugal.
Durante o ano de 2013, Portugal recebeu 506 pedidos de asilo.
Fonte: SOL