Enquanto a ONU trabalha com o governo da República Centro-Africana para restaurar as escolas do país, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e parceiros criaram salas de aula temporárias para mais de 20 mil crianças na capital da República Centro-Africana (RCA), Bangui, e no noroeste do país.
“Muitas escolas foram destruídas e, em tempos de conflito, crianças realmente precisam de alguma forma de normalidade em suas vidas”, disse o porta-voz, Patrick McCormick, acrescentando que estar de volta em salas de aula deu a elas um “sentido de retorno à normalidade, estabilidade e esperança para o futuro”.
O diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake, disse que as crianças na RCA precisam desesperadamente de proteção e apoio. “Elas estão sob ataque e sendo mortas pela violência comunal brutal e sem sentido, e há quase uma total ausência de proteção para as crianças”, alertou Lake. “Para o bem das crianças, para o bem de todo o país, todos nós devemos urgentemente intensificar nosso trabalho lá.”
Insegurança alimentar na RCA
Apenas 120 toneladas de cereais permanecem em estoque nos armazéns do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) em Bangui. Estima-se que elas durarão uma semana. Nas últimas três semanas, 43 caminhões que transportam cerca de 1.200 toneladas métricas de cereais estão presos na fronteira da RCA com Camarões.
Os caminhões não podem seguir viagem por causa das estradas inseguras e da falta de funcionários na alfândega, disse a porta-voz do PMA, Elisabeth Byrs. Ela afirmou que uma escolta armada da Missão Africana para a África Central deve chegar à cidade de Garoua-Boulai, em Camarões, para ajudar os caminhões e estar de volta em Bangui até sexta-feira (7).
A ONU e seus parceiros humanitários fizeram um apelo de 551 milhões de dólares para prestar socorro e proteção aos 1,9 milhão de pessoas em todo o país ao longo dos próximos três meses. No entanto, apenas 60 milhões de dólares foram atingidos com doações, disse o porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke.
Fonte: ONU