O Programa Mundial de Alimentos, PMA, aumentou sua capacidade logística e operacional neste mês de janeiro para entregar comida a 4,25 milhões de sírios. Mas a tarefa continua sendo um desafio para a agência da ONU, já que várias rodovias do país estão fechadas.
Em Genebra, a porta-voz do PMA, Elisabeth Byrs, fez um novo apelo aos lados em conflito, para que garantam acesso livre a todos os civis que estão na Síria.
Depósito
Segundo Byrs, confrontos iniciados há três dias perto da estrada entre as cidades de Damasco e Daraa afeta a entrega de comida à capital síria e províncias da região.
O PMA está tendo dificuldades para chegar até seus depósitos em Damasco, mas a agência ressalta que a entrega de comida não foi totalmente paralisada.
Uma outra preocupação é com 6,5 milhões de civis dentro da Síria que podem estar sofrendo de insegurança alimentar severa e precisar de assistência externa para receber comida.
Comboio
Em dezembro, a agência da ONU utilizou aviões, que saíram do Iraque, para entregar ajuda essencial a famílias que moram no nordeste da Síria. O PMA planeja utilizar novamente o transporte áreo para levar comida aos civis da cidade de Al Hassakeh.
O comboio de caminhões das Nações Unidas ainda não teve acesso a Homs e segundo o Escritório de Assistência Humanitária, Ocha, a entrada na área depende das negociações entre governo e oposição.
Os veículos estão carregados de comida, medicamentos, vacinas e itens de saneamento.
A chefe do Ocha, Valerie Amos, declarou esta sexta-feira estar muito decepcionada com a conclusão da primeira etapa das negociações sobre a Síria em Genebra, já que segundo Amos, 3 milhões de civis continuam sitiados em áreas controladas pelo governo ou pela oposição.
Sobre a situação no campo de refugiados de Yarmouk, perto de Damasco, a chefe do Ocha citou progressos alcançados esta semana: foi entregue comida suficiente para alimentar 5 mil das 20 mil pessoas que vivem no local.
Fonte: Rádio ONU