Deslocados internos acampados no aeroporto de Bangui, capital da República Centro-Africana. Foto: ACNUR/B.Ntwari
“Vocês não estão sozinhos. Muitos países estão trabalhando para a paz”, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em uma mensagem divulgada no sábado (22) nas rádios da República Centro-Africana (RCA) em inglês, francês e sango, a língua nacional.
O chefe da ONU pediu que os centro-africanos deponham as armas e se unam para acabar com o derramamento de sangue no país. Ban também solicitou que a comunidade internacional forneça mais soldados e policiais para proteger os cidadãos e mais ajuda humanitária para salvar vidas.
O conflito no país começou em dezembro de 2012, quando rebeldes do grupo Séléka, cujos membros são majoritariamente muçulmanos, lançaram ataques contra o governo do país. No ano passado, milícias principalmente cristãs, como a anti-Balaka, resolveram entrar nos combates, fazendo com que o conflito tomasse conotações religiosas.
Acredita-se que milhares de pessoas morreram e 2,2 milhões, cerca de metade da população, precise de ajuda humanitária. A ONU estima que 1 milhão de pessoas foram expulsas de suas casas, metade delas crianças.
Ban se reuniu com o Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira (20) e apresentou uma iniciativa de seis pontos para abordar as prioridades e necessidades do país, incluindo mais tropas e policiais, o aumento dos esforços para o processo de paz, apoio ao governo, financiamento para a assistência humanitária e prestação de contas.
Fonte: ONU
