Se os combates no Sudão do Sul impedir o plantio de culturas pelos próximos três meses, o país se encaminhará para um desastre humanitário, afirmou o coordenador da ONU para o Sudão do Sul, de acordo com informações da agência Reuters.
O conflito no país mais novo do mundo teve início em meados de dezembro do ano passado, entre soldados leais ao presidente Salva Kiir e militares a favor do ex-vice-presidente, Riek Machar, que deixou o governo. Milhares de civis já morreram por conta da violência.
Apesar de um acordo de cessar-fogo e hostilidades do dia 23 de janeiro, combates continuam a ser registrados pelo Sudão do Sul. Toby Lanzer, representante especial da ONU e coordenador humanitário para o Sudão do Sul, disse nessa terça-feira que era crucial que os cidadãos pudessem plantar durante os meses de março, abril e maio, para garantir a colheita deste ano.
“Neste momento, o que o povo do Sudão do Sul, o que os civis mais precisam, é a capacidade de mover seu gado, ir para seus campos e plantar”, disse Lanzer. “E se eles conseguirem, então a população do Sudão do Sul poderá fazer bastante para ajuda-la a resistir a essa situação abominável”, acrescentou.
O representante da ONU afirmou, no entanto, que “se eles não conseguirem e a violência continuar – e há um grande risco para isso em alguns Estados importantes -, que são os que mais sofrem com a falta de comida e mais suscetíveis a inundações, então as perspectivas para a situação humanitária são terríveis”.
Fonte: MIAf