O Brasil manifestou seu apoio a uma proposta da ONU para acabar, até 2016, com o uso de recrutamentos de crianças-soldado por vários governos.
O tema foi debatido num encontro de alto nível do Conselho de Segurança, nesta sexta-feira, em Nova York.
Guerra de Adultos
O embaixador brasileiro, Antonio Patriota, disse que a meta pode ser alcançada com vontade política.
Patriota confirmou o apoio do Brasil aos esforços do Conselho de Segurança para poupar as crianças de um círculo de violência e do que ele chamou de “mais terríveis consequências” de guerras organizadas por adultos.
O debate, presidido pelo ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, reuniu representantes de mais de 60 países.
Direitos Humanos
O embaixador brasileiro afirmou que apesar de medidas para combater o recrutamento de crianças-soldado, em várias partes do mundo, a situação continua sendo um motivo de preocupação.
Ele citou o caso da Síria, descrito pelo chefe da ONU como “inaceitável”. Patriota falou ainda sobre relatos da própria ONU de que ambos os lados da guerra na Síria teriam cometido graves violações de direitos humanos contra crianças no país.
Antonio Patriota informou que o Brasil está facilitando a concessão de asilos a sírios que fogem do conflito. Ao tratar do tema de crianças-soldado, o embaixador lembrou de crianças palestinas e de menores na Serra Leoa.
Inclusão Social
Segundo o chefe da representação brasileira junto à ONU, para que os crimes contra menores em conflito possam ser erradicados, é preciso levar os autores das violações à justiça.
Ele encerrou o discurso, afirmando que em muitas situações de conflitos armados, o Conselho de Segurança deve dar mais atenção à prevenção e a promoção do desenvolvimento sustentável.
Para Patriota, a inclusão social e segurança alimentar ajudam a evitar conflitos evitando assim que milhões de menores caiam nas mãos de grupos armados.
Fonte: Rádio ONU