A Cruz Vermelha alertou esta sexta-feira que a insegurança continua sendo o principal desafio para o trabalho das organizações humanitárias na Síria.
Mais de três anos depois do início do conflito sírio, a Cruz Vermelha está pedindo mais acesso à população deslocada no país.
Em Aleppo, uma das cidades mais atingidas pela guerra, a organização informou que conseguiu aumentar o fornecimento de água para mais de 1 milhão de pessoas.
O frágil cessar fogo na região permitiu que a Cruz Vermelha conseguisse atingir várias áreas de difícil acesso e levar ajuda aos necessitados.
O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, afirmou que a falta de verba para cobrir as operações é geral por todas as agências na Síria.
Segundo o Ocha, a agência recebeu apenas 9% do apelo de US$ 2,2 bilhões, mais de R$ 5 bilhões, para a ajuda humanitária dentro do país e somente 14% dos US$ 4,4 bilhões, necessários para cobrir as operações nos países vizinhos.
Dos mais de US$ 2 bilhões de dólares prometidos durante a Conferência de Doadores no início do ano, a ONU só recebeu 22% desse montante.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, afirmou que mais de 9,3 milhões de sírios necessitam de ajuda humanitária urgente. Outros 2,5 milhões fugiram do país por causa da violência e estão vivendo no Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque e Egito.
A OIM informou que se a situação atual permanecer inalterada, não terá condições de manter as operações humanitárias depois de junho.
A organização declarou que no ano passado recebeu US 75 milhões de dólares, equivalente a 80% do que foi pedido. Mas alertou que este ano, as doações atingiram níveis preocupantes.
Fonte: Rádio ONU