Um comboio composto por quatro barcaças levando alimentos e combustível para a base da ONU em Malakal, no estado do Alto Nilo, no Sudão do Sul, foi atacado nesta quinta-feira (24). Forças do governo e da oposição negam a autoria da ação.
Os barcos estavam no rio Nilo, próximos a cidade de Tonga, quando foram alvo de um tiroteio, seguido de disparos de lança-granadas, afirmou a Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS), condenando fortemente este ataque, que deixou quatro membros da força de paz feridos.
O comboio transportava alimentos para as pessoas deslocadas e para os funcionários da ONU, que vivem atualmente na base da UNMISS no norte de Malakal, além de combustível.
A UNMISS mais uma vez apelou às principais partes envolvidas no conflito no Sudão do Sul a cumprir o acordo de cesse das hostilidades que foi assinado na capital etíope de Adis Abeba, em janeiro, e também pediu respeito à inviolabilidade dos bens e instalações da ONU no país.
Com as negociações de paz na capital etíope, agendadas para retomar no fim de abril, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, conversou, nesta terça-feira (24), com diversos chefes de Estado da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) para expressar seu apoio aos esforços da organização em trazer o presidente Salva Kiir do Sudão do Sul, e o líder da oposição Riek Machar, à mesa de negociação.
“O secretário-geral acredita que as duas partes precisam ser seriamente advertidas das consequências de suas ações, que estão levando o país para uma onde de violência incontrolável.”
Mais de 870 mil civis deixaram suas casas nos últimos quatro meses para fugir do conflito. Destes, 78 mil estão em oito bases da UNMISS todo o país, incluindo 32 mil pessoas em Juba, mais de 18 mil em Malakal, cerca de 22 mil em Bentiu, e 4.800 em Bor.
Fonte: ONU