“Prometemos que onde quer que as raparigas estejam, vamos certamente libertá-las”, disse Goodluck Jonathan, o Presidente nigeriano. Uma das meninas sequestradas conseguiu escapar e denunciou que as reféns mais jovens são vítimas de 15 violações por dia, noticiou o portal local “The Trent”. A menor afirmou que devido à sua virgindade foi entregue como esposa a um dos líderes da seita extremista islâmica e que os sequestradores as obrigaram a converterem-se ao islamismo e ameaçaram degolá-las se recusassem fazer sexo ou não seguissem as suas instruções.
Depois de serem sequestradas no colégio, foram levadas para um campo da milícia fundamentalista na floresta de Sambisa, no estado de Borno, base espiritual e de operações do movimento estremista islâmico Boko Haram.
Várias organizações defensoras dos direitos humanos denunciaram que as menores foram obrigadas a casar-se e, nalguns casos, foram vendidas como esposas. A comunidade e personalidades internacionais, campanhas pela Internet e manifestações em todo o mundo pedem a libertação das meninas.
Um grupo de mães das reféns protestou à frente do Parlamento contra a falta de informação sobre o caso e exigiu mais esforços no resgate.
O número de menores sequestradas não foi esclarecido. A polícia informou que 200 meninas tinham sido raptadas, o exército diminuiu este número para 129 e os pais das crianças afirmam que 234 estudantes foram feitas reféns. Também não se sabe ao certo qual o número das que foram libertadas até ao momento.
Os Estados Unidos ofereceram ajuda à Nigéria para salvar as jovens sequestradas. “Conversámos com o Governo nigeriano sobre o que podemos fazer para ajudar a libertar as jovens mulheres”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf.
Um grupo de senadores norte-americanos apresentou uma resolução que condena o sequestro e pede a ajuda de Washington e da comunidade internacional.
Fonte: Jornal de Angola