O conflito no Sudão do Sul está levando o país a uma catástrofe, com quase 4 milhões de pessoas já com necessidade crucial de assistência alimentar e humanitária. Agências de ajuda alertam sobre um estado geral de fome ainda este ano se suprimentos urgentes não começarem a chegar.
Cinco meses de lutas no país recém-criado solaparam sua segurança alimentar, deixando agricultores incapazes de tratar de suas colheitas, pescadores longe dos rios e pastores impedidos de migrar entre áreas de pasto. O número crescente de desalojados também causa um estresse na situação dos alimentos.
E está sobrando para a vizinha Etiópia, que recebe uma multidão de refugiados, não bastassem seus problemas internos. Hoje, o Programa Mundial de Alimentos da ONU anunciou que vai ajudar a alimentar 6.5 milhões de pessoas no país, atingido por gafanhotos, a guerra próxima e falta de chuvas.
“Estamos preocupados porque está ocorrendo o início de uma invasão de gafanhotos na parte leste da nação, e se não for controlada será um motivo de danos para as populações locais,” afirmou em Genebra Elizabeth Byrs, porta-voz do programa. “E no norte chove menos do que a média pelo terceiro ou quarto ano consecutivo.”
Mais de 120.000 sudaneses do sul cruzaram a fronteira nos últimos seis meses, em sua maior parte mulheres e crianças que chegam “famintas, exaustas e subnutridas,” afirmou Byrs. Os refugiados já somam 500.000.
A situação geral da Etiópia melhorou muito em anos recentes, e sua economia atualmente é das que crescem mais rápido na África. Mas restam problemas profundos, comenta a Reuters. A desnutrição prejudicou o crescimento de duas a cada cinco crianças e reduziu a força de trabalho etíope em 8%.
Fonte: Coisas de Cajazeiras