Garotos em Alepo fazem fila para armazenar água. Foto: UNICEF/Romenzi
A alta comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos, Navi Pillay, condenou nesta quarta-feira (21), o “flagrante desrespeito” pelas leis humanitárias e direitos humanos internacionais, tanto por parte do governo sírio quanto de alguns grupos armados, que resulta em enorme sofrimento entre os civis da cidade de Alepo, ao noroeste do país.
“Os cidadãos de Alepo têm vivido em condições terríveis, sob intensos bombardeios e ataques aéreos nos últimos seis meses”, disse a alta comissária. “Além disso, a infraestrutura essencial está sendo continuamente minada. Há relatos de que algumas vizinhanças da Cidade Antiga estão sem água potável há cinco meses.”
Segundo informações, o sistema de água da cidade teve que ser reparado diversas vezes somente no mês de abril – em geral, consertos dos estragos causados pelos bombardeios aéreos.
Pillay advertiu que o código humanitário internacional proíbe ataques, destruição, remoção ou inutilização de itens indispensáveis para a sobrevivência da população civil: “A lei requer que todos os envolvidos em um conflito façam a distinção entre civis, itens para uso civil e objetivos militares. Os ataques em áreas populosas de Alepo constituem grave violação aos direitos humanos”.
Fonte: ONU
