Cidadãos deportados de Brazzaville aguardam em um campo de deslocamento próximo de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Foto: MONUSCO/Sylvain Liechti
A Missão das Nações Unidas na República do Congo (MONUSCO) exigiu nesta segunda-feira (26) o fim imediato da expulsão de cidadãos da vizinha República Democrática do Congo (RDC) e solicitou uma investigação das denúncias de violência sexual e outras violações de direitos humanos cometidas contra eles.
Segundo comunicado da MONUSCO, mais de 130 mil cidadãos da RDC foram expulsos de Brazzaville, capital da República do Congo. “Ouvi inúmeros relatos de vítimas de atrozes violações aos direitos humanos e outros tratamentos cruéis”, disse Martin Kobler, chefe da Missão e representante especial do secretário-geral na RDC.
Após visitar um campo de deslocamento na periferia de Kinshasa, capital da RDC e vizinha de Brazzaville, onde milhares de expulsos estão agora reunidos, Kobler afirmou “ter visto um homem ferido por balas e mães tendo que dar à luz sozinhas, às margens do rio Congo. Isso tudo deve acabar”.
A representante especial do secretário-geral da ONU sobre Violência Sexual em Conflitos, Zainab Hawa Bangura, fez coro às declarações de Kobler: “Recebemos denúncias de que a violência sexual foi e continua sendo cometida no processo de expulsão, o que é inaceitável”.
Fonte: ONU
