Em torno de 70 mil pessoas abandonaram suas casas no Sudão do Sul desde que um acordo foi assinado, em 9 de maio, para pôr fim às lutas que têm devastado a nação mais jovem do mundo, disse nesta terça-feira (27), o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
“O volume de pessoas fugindo das lutas continua subindo mesmo três semanas após a trégua”, disse o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards. Segundo ele, o número de deslocados aumentou em 46 mil, para mais de um milhão, e o de refugiados em países próximos foi de 20 mil para 370 mil desde a assinatura do Acordo para Cessar as Hostilidades em Adis Abeba, capital da Etiópia.
Edwards também informou que a Etiópia atualmente abriga o maior número de sul-sudaneses refugiados – 131.051, cuja maioria é composta por mulheres e crianças. Os novos refugiados dizem fugir das lutas e da falta de alimento nos estados de Jonglei e Alto Nilo.
O Sudão do Sul enfrenta uma crise que começou em dezembro de 2013 como uma disputa política entre o atual presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar. Desde então, as lutas se espalharam, forçando dezenas de milhares de pessoas a buscar refúgios em bases da ONU por todo o país.
Fonte: ONU